Possíveis causas de intercorrências pós PEIM.

Inicialmente tudo é uma questão de uma boa conversa na consulta com o nosso paciente. Se o paciente possui uma condição genética de microvasos, o único problema será que precisaremos fazer com que aquele tratamento dure mais. Ao invés do paciente retornar com 6 meses, 1 ano, ele retorne com 2 anos, 2 anos e meio. 

O que podemos fazer para que o procedimento no paciente seja mais duradouro e ele fique mais satisfeito com o resultado? 

Instruir esse paciente de forma correta. Por exemplo, uma das piores coisas que o paciente pode fazer por ele mesmo, se ele tiver nas condições de microvasos, é não fazer o uso do anticoncepcional. Por que?  

O Estrógeno e a Progesterona são hormônios que estão presentes no anticoncepcional, e muitas vezes estão presentes em contraceptivos de forma combinada, favorecendo ainda mais os microvasos. 

Uma das condições da diminuição das intercorrências nos microvasos é a recomendação do “abandono” do uso de anticoncepcional. Mas nós como profissionais da estética, podemos solicitar isso? De forma alguma.  

O ideal é encaminhar o paciente para um profissional médico para que ele possa recomendar outro método contraceptivo. Nós temos o papel de informar, alertar e avisar ao paciente que se ele cortar o AC, logicamente que o resultado do PEIM será mais prolongado. 

Pacientes que estão acima do peso também podem interferir no processo de duração do PEIM. Sabemos que conseguimos avaliar na clínica de estética a bioimpedância do paciente, então por que não fazer isso com um paciente que tenha a condição de microvaso?! 

Através disso descobrimos se o paciente está acima do peso, se ele possui Obesidade Grau 1, as vezes descobrimos até que ele possui uma possível esteatose.  

Podemos também trabalhar a questão do acelerador metabólico. Com isso, conseguimos fazer uma melhor triagem, o que é até mais aconselhável, e assim aconselhar o paciente a procurar um nutricionista. Paciente acima do peso tem que ser sinalizado! 

Outra condição: Pacientes que trabalham muito tempo em pé ou sentado, obrigatoriamente após o procedimento, tem que usar a meia de suave a média compressão.  

Posso recomendar o uso da atadura além é claro das 4 primeiras horas após o procedimento? 

A atadura auxilia no retorno sanguíneo. O ideal é que, quem enfaixe o paciente com a atadura, somos nós profissionais. Por que? Porque assim saberemos a compressão que nós estamos aplicando ali. É uma forma de prolongarmos a volta ao consultório desse paciente, auxiliando o retorno venoso e prolongando também o retorno dele à clínica. 

Se o próprio paciente colocar a atadura, ele pode realizar uma pressão muito grande e acabar “garroteando” a região, piorando o quadro clínico dele.  

Então o ideal é que somente o profissional da estética utilize a atadura após o procedimento. Mas, sempre haverá exceções. Existem pacientes que trabalham muito tempo em pé, ou muito tempo sentado, nesses casos você pode recomendar o uso da meia de suave ou média compressão. 

Nunca é indicado a recomendação da meia de alta compressão, essas meias são para varizes, e apenas a classe médica que pode recomendar esse tipo de meia. 

Mais uma dica: cápsulas de nutracêuticos. Qual a condição do paciente que trás o surgimento dos microvasos? Por que ele não faz o uso dos nutracêuticos?  

Ao longo do envelhecimento, nosso corpo vai aumentando a quantidade de metaloproteinases, que degradam o colágeno e a elastina, substâncias que estão presentes nas nossas veias. É necessário proteger o tônus vascular, e como protegemos? Com antioxidantes, vitamina C, que são dois ativos interessantes. 

A Rutina também melhora o tônus vascular, melhora a circulação, o retorno venoso. Vitamina C associada à Rutina é um suplemento nutracêutico muito bom para quem tem microvasos.  

Centella Asiática é uma boa opção de antiflebítico para acrescentar na cápsula e recomendar o uso ao seu paciente por no mínimo 3 meses, dando intervalos de 1 mês e retornando o uso novamente. 

O cansaço das pernas vai diminuir juntamente com o incômodo, esse paciente vai sentir menos fadiga nos membros inferiores, o que já ajuda na questão de sintomas que os microvasos apresentam. 

Combinando todas essas dicas e informações, você consegue da uma maior assistência ao seu paciente, coisa que nenhum outro profissional faria.  

É muito importante que a sua avaliação seja bem criteriosa, pois é essencial que o seu tratamento mostre resultados. Tire fotos, registre tudo, para que ao decorrer dos procedimentos, você mostre ao seu paciente a evolução dele. 

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